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Mostrando postagens de abril, 2018

Leituras de Felipe Munhoz

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Lendo o Quê, Felipe Munhoz ? Extraído de  http://saopauloreview.com.br/lendo-o-que-felipe-franco-munhoz/ Terminei, recentemente, a leitura de  O 18 de brumário de Luís Bonaparte  (Boitempo), de Karl Marx, sobre o golpe de Estado ocorrido na França em 1851 – que já começa com esse título genial (pois o 18 de Brumário foi um golpe de Estado pregresso, articulado pelo tio de Luís Bonaparte, Napoleão Bonaparte; ou seja: a repetição Tragédia/Farsa da história). E o mais curioso (e assustador) é que ao longo da análise, a respeito da França do século XIX, feita por Marx, pode-se notar muitas semelhanças com o Brasil de hoje, 2018.   2. Acabo de começar a leitura de  K.  (Companhia das Letras), de Bernardo Kucinski: romance em que um pai procura a filha, desaparecida durante a ditadura militar no Brasil. Há alguns anos, li  Você vai voltar pra mim  (Cosac Naify), livro de contos do mesmo autor, e penso com insistente frequência no texto...

Trechos do Livro "Mentiras"

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Mentiras     ·            ·            ·            ·          Felipe Munhoz Escritor Trecho extraído de Mentiras, romance inédito de Felipe Franco Munhoz: (O romance Mentiras -- inspirado na obra de Philip Roth -- é escrito inteiramente em diálogos entre três personagens: Philip, Felipe e Thaís, amante de Felipe. Enquanto Felipe e Philip sabem que um livro está acontecendo, Thaís acredita ser uma pessoa real. Nesse campo de diálogos metaficcionais, são discutidos temas como amor, religião e literatura. No trecho a seguir, o personagem Felipe conversa com o personagem Philip.) - Passei a manhã inteira elaborando essa última cena. Desde o café; solitário. - Outro pequeno esboço de felicidade? - Sem felicidade, desta vez. - Essas cenas não eram transcritas de situações re...

Um Conto de Felipe Munhoz do Jornal Literário Rascunho

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maio 2014  /  Dom Casmurro  / O ex-eterno marido Texto publicado na edição  #169 O EX-ETERNO MARIDO Por ocasião do nosso aniversário de casamento — dois anos: dois anos tranquilos — minha esposa, Eliane, presenteou-me com um […] >  Por   FELIPE FRANCO MUNHOZ Compartilhar: Facebook Twitter E-mail Por ocasião do nosso aniversário de casamento — dois anos: dois anos tranquilos — minha esposa, Eliane, presenteou-me com um romance:  O eterno marido . O romance foi escrito por Fiódor Dostoiévski, em 1870; e talvez seja relevante confessar-lhe que Dostoiévski figura entre meus autores prediletos. Junto ao livro, Eliane anexou um cartão que dizia, entre outras particularidades,  Para o meu eterno marido . Comecei a ler naquela noite, ansioso, após o jantar de comemoração. E fui logo envolvido pela angústia aflita do protagonista Vieltchâninov, a quem o narrador segue — em sutil onisciência — com exclusividade. Uma narrati...

Matéria do Jornal Estado de S. Paulo

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Felipe Franco Munhoz lança 'Mentiras' Estadão Conteúdo   |  Publicado em  04 de março de 2016 | 09h09 Felipe discute em um café com Philip, às tardes, a construção dos diálogos e a relação que mantém com Thaís, às noites. Felipe e Philip sabem que são apenas personagens de um romance - Mentiras, que o estreante Felipe Franco Munhoz lança nesta sexta, 4, na Livraria da Vila da Fradique Coutinho, mas Thaís acredita que existe de fato. Esse mecanismo entre a construção da ficção e a relação amorosa de duas pessoas (e uma terceira, que mais tarde entra na história) é a base do livro do jovem escritor, referendado por nomes como Humberto Werneck, José Castello, Paulo Henriques Britto e Marcelino Freire. Munhoz nasceu em São Paulo, em 1990, viveu um tempo no litoral e morou em Curitiba, onde se formou em publicidade, profissão que abandonou. Escreveu a primeira versão de Mentiras nessa cidade, entre o fim de 2010 e o dia 19 de março de 2011 (coincidentemente, d...

Mentiras o livro

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Mentiras — Felipe Franco Munhoz Editora Nós — 2016 Apresentação no PREZI Sinopse da Editora Nóz Os deuses da literatura advertem que não é recomendável escrever romances maiores do que a vida antes dos 30 anos. E quando alguém propõe um diálogo, em todas as acepções da palavra, com Philip Roth, para muitos o maior escritor vivo em língua inglesa? E ainda mais em um romance de estreia? Pois é exatamente isso que Felipe Franco Munhoz nos entrega em ‘Mentiras’. Seu ambicioso objetivo é tecer, com a ajuda das mãos de Roth, o livro-travesseiro da sua vida, um travesseiro tecido com a coloração perfeita do fio. Seria um tanto reducionista afirmar que Philip Roth é apenas o alter ego ou o duplo de Felipe. E tampouco ele e sua obra é somente aquele/aquilo com quem se ‘conversa’ nas tardes de um café imaginário. Ao desaparecer um dentro do outro, eles são, a um só tempo, autor, personagem e leitor na construção deste romance de admirável fluidez formal, que nos ...

Literatura e Mentiras

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Literatura e Mentiras Sobre o livro  Mentiras,  de Felipe Franco Munhoz Texto extraído do blog : https://extraliterario.com.br/felipe-franco-munhoz-mentiras-5e8f0b43a3f2 uantas mentiras podem ser contadas num livro? A primeira delas já é um pacto que estabelecemos ao acreditar na história que está sendo escrita. A ficção pode ser mais real que o real, é mentira, mas é real — que jogo! “Mentiras não é ficção, nunca foi. A ficção e o homem são uma coisa só. Você não entende, chamá-lo de ficção é a maior ficção de todas” Num café imaginário, Felipe e Philip conversam sobre o livro que se escreve enquanto eles conversam —  Mentiras  é um livro em tempo real. O Philip, com ph mesmo, é Philip Roth, convocado ali para auxiliar na composição do livro, e também para ouvir as queixas, as dúvidas e bater papo sobre diversos livros da literatura mundial. Teria interlocutor melhor que esse? Que tarefa encarou (agora o autor mesmo) Felipe Franco Mun...